Mesmo sendo muito tímida, Clarice continua tentando veicular sua produção literária. É quando a menina tem quinze anos que ela e sua família mudam-se para o Rio de Janeiro. Lá, a pequena Clarice se dirige a Raimundo Magalhães Júnior, na esperança de que ele publique algum de seus contos na revista Vamos Ler!. O diálogo deu-se da seguinte maneira:
"- É pro senhor ver se publica.
Ele leu, olhou e disse:
- Você copiou isto de alguém?
- Não.
- Traduziu isto de alguém?
- Não.
- Então vou publicar."
Vamos Ler! publica, assim, dois contos clariceanos: Eu e Jimmy e Trecho. Aproveitando do amplo conhecimento da escritora mirim, Vamos Ler! conta com os serviços de Clarice também como tradutora em O Missionário (Claude Farrère) e como repórter em Uma Hora com Tasso da Silveira e Uma Visita à Casa dos Expostos.
Clarice, ainda não satisfeita, continua sua busca por publicações. Vai à procura do jornal Dom Casmurro, onde, segundo a escritora, "eles gostavam, publicavam e não pagavam."
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